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Revista O Lojista - edição 165 - página 8 - 26/07/2018


Dados gerais sobre automação no Brasil e no mundo têm despertado cada vez mais o interesse de especialistas, empregadores e elite política e econômica global. O tema central é a avaliação do futuro do trabalho. Durante a última edição do Fórum Mundial de Davos, importantes constatações chegaram ao conhecimento da sociedade e provocaram dúvidas sobre como iremos evoluir nos próximos anos em relação às novas formas de trabalho. O acesso ao conhecimento tecnológico foi considerado o caminho mais rápido para o enfrentamento de crises e obtenção de melhores resultados na produtividade. 

Para quebrar o parâmetro do comércio brasileiro, muitas vezes menos arrojado no que se refere à automação, surgiu em dezembro de 2017, em Vitória (ES), a primeira loja da América Latina que dispensa a presença de funcionários no interior do estabelecimento. Funcionando de maneira totalmente autônoma, a Zaitt está aberta 24 horas por dia, vendendo diversos produtos, como carnes, legumes e bebidas. O fato de não ter vendedores e funcionários gera uma economia de até R$ 10 mil por mês.

O espírito de inovação e o empreendedorismo marcam iniciativas como essa e apresentam aos consumidores novas experiências de compra. As pessoas impressionam-se com a ausência de funcionários no caixa e na segurança. O cliente chega, escolhe o produto que quer e deixa a loja. Todo o sistema de cobrança é controlado por um aplicativo cadastrado no aparelho celular de cada consumidor.

Um dos principais desafios desse novo jeito de vender e comprar, segundo o diretor de Novos Negócios da Zaitt, Rodrigo Miranda, foi o fato de seus idealizadores não terem referências de comércio similar no Brasil. A proposta apresentada pelos criadores da marca surgiu a partir da necessidade de atender a algumas demandas, como, por exemplo, o desejo de ter uma loja aberta 24 horas, inclusive durante feriados. Segundo Miranda, apenas uma loja totalmente automatizada, sem funcionários no estabelecimento, poderia funcionar nesse modelo sem custos muito elevados.

De acordo com ele, os resultados apresentados pelo estabelecimento, aberto há seis meses, superaram as expectativas dos idealizadores em várias questões. No início, eles estavam preocupados com a questão da segurança da loja e se surpreenderam, uma vez que, após seis meses de funcionamento, registraram apenas uma ocorrência, não considerada grave. “O maior desafio é o cultural. Esse modelo de loja sem funcionários é muito novo”, lembra.

Outro ponto de destaque que tem trazido satisfação aos criadores desse modelo inovador de comércio é a possibilidade de integração de todos os sistemas da loja. A partir do cruzamento de dados, os administradores têm acesso às informações relevantes sobre o perfil dos clientes e características das compras. O desafio consiste em fazer o público acostumar-se com a nova maneira de consumir. “O cliente é o ator principal do começo ao fim”, define Miranda. Até o fim do ano, quatro novos estabelecimentos como esse deverão ser abertos.

FONTE: Revista Varejos S.A.

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Agência Interagir