Notícias

Fundo Apoio à Segurança Pública, mantido por entidades empresariais, vai continuar por tempo indeterminado

Revista O Lojista - edição 149 - página 20 - 03/03/2017

Em novembro do ano passado, as entidades empresariais criaram o Fundo de Apoio à Segurança Pública, o Fasp, visando aumentar o efetivo de policiais e viaturas nas ruas, principalmente, nas áreas comerciais. O projeto seria encerrado em janeiro, mas por conta da crise econômica e financeira que continua no Estado, as entidades decidiram continuar com o Fundo por tempo indeterminado. 

Até agora, segundo a Coordenação do Fundo, mais de treze veículos já foram reformados, com manutenção realizada, possibilitando o retorno deles às ruas. Além disso, o dinheiro do Fasp, que vem de doações, também tem sido usado para comprar material de escritório e para melhorar a infraestrutura da delegacia, oferecendo mais qualidade de vida aos policiais. Na Delegacia da Mulher, por exemplo, as lâmpadas foram trocadas para melhorar a iluminação. 

#galeria#

O Fasp foi criado depois que as forças de segurança pública mostraram as dificuldades em se manter por falta de dinheiro do Governo do Estado. Um apelo por ajuda da sociedade foi publicado oficialmente em outubro de 2016, para conseguir manter alguns suprimentos básicos. As delegacias não conseguiam nem atender à população por falta de folhas para imprimir os boletins de ocorrência. Faltam também papel higiênico e material de limpeza e muitas viaturas paradas por falta de manutenção.

Davi Moraes, que é diretor da Aciap-VR e coordenador do projeto, lembrou que se temia um aumento da criminalidade, e que foi necessário essa união de forças para evitar que isso acontecesse, principalmente, em dezembro, quando aumenta o fluxo de pessoas nas ruas por causa do Natal.  “Era um perigo não só para a população, como também para os lojistas, pois o risco de assaltos no fim de ano estava muito grande”, afirmou o coordenador do projeto. 

Cada entidade paga uma mensalidade e também tem ajudado a buscar doações junto a empresas e pessoas físicas. Além da Associação Comercial, também apoiam o fundo, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda e Sindicato do Comércio Varejista de Volta Redonda (Sicomércio-VR). 

Entidades pedem mais apoio da sociedade

As entidades reforçaram que se o projeto tiver um número maior de pessoas ajudando será possível se fazer muito mais. “Enquanto o Estado não voltar a ter dinheiro para investir em segurança, essa é a solução não só pra Volta Redonda, mas todas as cidades onde as delegacias e os batalhões passam por problemas. Infelizmente, não temos tanto dinheiro para fazer mais, por isso, o fundo precisa ficar mais robusto e contar com o apoio de toda a sociedade”, convocou David.

Quem quiser ajudar não precisa dar dinheiro somente. O Fundo aceita também doação de material de escritório, como papel A4, tinta para impressora, serviços de manutenção mecânica e elétrica, por exemplo. “Não repassamos dinheiro. Recebemos as demandas e compramos ou suprimos com o que recebemos de doação de produtos ou serviços. Desse jeito, temos o controle dos gastos e ajudamos sem pesar para o bolso do cidadão e das empresas”, acrescentou. Quer participar? É só ligar a CDL-VR no telefone 3344-8050; para a Aciap-VR, no 3347-2999; e, no Sicomércio-VR, o número é3347-1330.

Presidente da CDL-VR destacou importância do fundo

O presidente da CDL-VR, Adriano dos Santos, falou da necessidade de aderir ao projeto para reforçar a segurança na cidade. “Como representantes do comércio e porque temos como missão defender os interesses da nossa classe e ajudar no que for preciso para melhorar o dia a dia dos lojistas, não poderíamos deixar de ajudar a manter a segurança da nossa cidade. Embora seja uma obrigação do Estado, decidimos fazer a nossa parte, contribuindo para que os nossos estabelecimentos, as nossas famílias e nossos funcionários não corressem risco de se tornarem vítimas da violência”, acrescentou.



Ele lembrou ainda que essa parceria evitou também que a manifestação de parentes dos policiais em Volta Redonda deixasse de ser pacífica. “Tivemos o compromisso de ajudar e os policiais de não deixar a cidade desprotegida. Reconhecemos o direito deles e de suas famílias de cobrarem salários e benefícios atrasados e mais segurança para trabalhar, mas precisamos que isso seja feito sem que a população corra riscos”, acrescentou.

Reconhecida de Utilidade Pública: Lei Municipal Nº 1381/76 - Lei Estadual Nº 1559/89
Filiada: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro.

Agência Interagir