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Sacolas plásticas: AGORA É LEI!

Revista O Lojista - edição 174 - página 11 - 04/06/2019

Conscientizando

Desenvolver este olhar sobre as sacolas plásticas é o primeiro passo para transformar os hábitos. O consumo consciente leva em consideração o impacto individual de um produto – quanto consumiu de matéria-prima e insumos; quanto provocou de poluição em sua produção; se pode ser reciclado; etc. – e também o impacto coletivo do consumo somado de todos os cidadãos. A atitude responsável de cada um faz enorme diferença para a qualidade de vida de todos.

Recusar, reduzir, reutilizar

Quanto se trata de sacolas plásticas, a primeira atitude é recusar sempre que possível. Novos hábitos vão ajudá-lo nesta tarefa e logo será estranho aceitar uma sacola plástica no comércio. Dizer simplesmente "Não, obrigado" é o primeiro passo.

Caso não seja possível recusar a sacola plástica, porque você esqueceu a retornável, porque o produto é molhado ou por outro motivo, entra em ação a segunda atitude: reduzir o consumo. Aproveite toda a capacidade da sacolinha, distribua bem as compras no menor número possível e utilize apenas a quantidade necessária.

Mesmo assim você ainda tem várias sacolinhas plásticas em casa? Então as reutilize numa próxima compra.

O último “R” dos famosos 3R´s, reciclar é uma opção válida também para sacolas plásticas. O problema é que, no Brasil, a reciclagem de plástico-filme – o tipo de plástico de que é feita a sacola plástica antiga– é muito pequena. Portanto, enquanto isso, o melhor mesmo é reduzir o consumo até mesmo das novas, as com 51% de material de fontes renováveis.

Sacolas plásticas nos depósitos de lixo

Não são só as sacolinhas descartadas incorretamente que causam impactos ambientais. Mesmo aquelas que seguem para depósitos de lixo (lixões ou aterros), causam problemas. O plástico tem a característica de impermeabilidade, ou seja, retém a água, causando a impermeabilização do solo e dos depósitos de lixo, dificultando a biodegradação de resíduos orgânicos. Resíduos orgânicos em decomposição emitem gás metano (CH4, 21 vezes mais perigoso que o gás carbônico, o CO2). A compactação do lixo auxiliada pelas inúmeras camadas de plástico impermeável aumenta a incidência de bolsões de gás que, quando revolvidos, liberam o metano para a atmosfera – isso também acontece dentro das próprias sacolinhas, quando contêm lixo orgânico doméstico que, restrito ao invólucro plástico, apodrece em lugar de se biodegradar.

Experiências Internacionais

Na Irlanda foi instituída a cobrança pelas sacolas plásticas, em 2002. Desde então, o consumo de sacolas plásticas caiu em 97%. Na China, a distribuição gratuita de sacolas plásticas foi proibida a partir de 2008: eram 3 bilhões de sacolas consumidas por dia! Na Austrália, os varejistas assinaram o programa do governo para banir as sacolas plásticas e já houve queda de 90% no consumo. Em 2007, os comerciantes de São Francisco, na Califórnia, foram obrigados por lei a banir as sacolas plásticas comuns. Agora a coleta do lixo é feita em coletores seletivos especiais, que não aceitam o depósito de sacolas plásticas: os resíduos orgânicos devem ser embalados em papel, jornal ou sacos de bioplástico certificado pelo Biodegradable Products Institute (BPI), que garante que o produto é feito de matéria-prima orgânica renovável.

Reconhecida de Utilidade Pública: Lei Municipal Nº 1381/76 - Lei Estadual Nº 1559/89
Filiada: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro.

Agência Interagir