Incentivando a proteção ao meio ambiente, os supermercados de Volta Redonda decidiram disponibilizar as novas sacolas plásticas, feitas com 51% de material de fonte renovável, a preço de custo, como forma de conscientizar contra o descarte incorreto que acaba sendo prejudicial ao meio ambiente. Cada unidade custará R$ 0,06 para o consumidor que não levar sua própria embalagem ao realizar as compras. A decisão vem para somar a Lei Estadual 8006/2018, do deputado Carlos Minc, que proíbe a distribuição das sacolas convencionais. A nova regra passa a valer a partir do dia 26 de junho e vem sendo apoiada pelo setor de supermercados.
As reuniões para se adequar à lei têm sido realizadas no Sindicato do Comércio Varejista de Volta Redonda (Sicomércio-VR. A ideia dos supermercadistas é que cada vez mais as pessoas utilizem sacolas próprias, reutilizáveis e também evitem o acondicionamento do lixo nessas embalagens, que que acabam indo parar na natureza, rios e mares, além de bueiros, provocando alagamentos na cidade. Para se ter uma ideia, uma sacola plástica leva mais de 400 anos para se decompor na natureza.
Para o presidente do Sicomércio-VR, Jerônimo dos Santos, disponibilizar as sacolas a preço de custo é uma forma de incentivar o consumidor a levar a própria embalagem. “Aos poucos, o consumidor vai se conscientizar de que o ideal mesmo é levar a própria sacola para que a cada dia, menos sacolas sejam distribuídas e muito menos sejam jogadas no meio ambiente. Em países da Europa, por exemplo, isso já é uma realidade. E, agora, queremos, fazer a nossa parte que é conscientizar”, afirmou.
Para informar o consumidor, será feita uma campanha em rádios, tevês e jornais, informando a mudança. Os supermercados também vão informar nas redes sociais e encartes distribuídos aos clientes. A campanha tem aval também da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, a Asserj.
Na região, o pior problema provocado pelas sacolas plásticas são o entupimento de bueiros, o que acaba, no período de chuva, causando alagamentos na cidade, além de ir parar no Rio Paraíba do Sul, poluindo a principal fonte de abastecimento do Estado do Rio, e também na Mata Atlântica e nos lixões contribuindo para a formação de gases prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, aumentando o efeito estufa.
SAIBA MAIS
O tamanho do problema
No Brasil, cerca de 1,5 milhão de sacolinhas são distribuídas por hora! Achou muito? A natureza também. Sacolas plásticas não são o maior vilão do meio ambiente, mas o seu consumo excessivo é. As sacolinhas têm um alto custo ambiental: para sua produção são consumidos petróleo ou gás natural (ambos recursos naturais não-renováveis); água e energia; e liberados efluentes (rejeitos líquidos) e emissões de gases tóxicos; que contribuem para o efeito estufa. Depois de usadas, muitas são descartadas de maneira incorreta, aumentando a poluição e ajudando a entupir bueiros que escoam as águas das chuvas ou indo parar nas matas e oceanos, sendo ingeridas por animais que morrem sufocados ou presos nelas. Pouquíssimas chegam a ser recicladas.
Consumir sacolas plásticas de maneira consciente significa refletir antes de aceitar uma sacolinha. A compra é pequena? Será que não cabe na sua bolsa ou bolso? Você já tem uma sacola retornável? Que tal adquirir uma e economizar 6 sacolinhas plásticas e deixar de pagar agora por ela?