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O papel do jovem no mercado de trabalho

Revista O Lojista - edição 161 - página 28 - 22/03/2018

Em torno de 386.791 jovens brasileiros entraram no mercado de trabalho em 2017. Os dados foram divulgados em fevereiro deste ano pelo Governo Federal. A ingressão foi dada através do programa nacional Jovem Aprendiz, uma lei que possibilita a primeira experiência profissional ancorada nos estudos. Segundo a pesquisa, o setor que mais contratou aprendizes foi o comércio, mas ainda há muito trabalho a ser feito. 

O comércio está no topo do ranking dos setores que mais contrataram no período de janeiro a dezembro do ano passado. Ao todo, foram 97.721 jovens contratados, 25,26% do total de oportunidades. As vagas mais preenchidas são auxiliar de escritório e assistente administrativo. Mas, com referência ao ano de 2016, os números permaneceram estáveis, com 386.773 de contratações. 

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Segundo o site Aprendiz Legal, “os jovens têm a oportunidade de inclusão social com o primeiro emprego e de desenvolver competências para o mundo do trabalho, enquanto os empresários têm a oportunidade de contribuir para a formação dos futuros profissionais do país, difundindo os valores e cultura de sua empresa”.

ETPC realizou evento sobre Jovem Aprendiz

A Escola Técnica Pandiá Calógeras, a ETPC, em parceria com a CDL de Volta Redonda, realizou no dia 1º de março um bate-papo com o tema “Jovem Aprendiz: Energia qualificada para sua empresa”. O evento contou com a presença de diversas empresas da região, além do Poder Público. O objetivo da reunião foi conscientizar sobre a importância do cumprimento da cota e seu papel social.

Quem palestrou no dia foi Denise Pereira Martins, diretora do Centro de Educação Tecnológica, CET, de Congonhas, Minas Gerais, com mais de 20 anos de experiência. Para ela, muitas vezes, o empresariado perde alguns benefícios por desconhecer algumas legislações. “Uma delas é a Lei de Aprendizagem, que pode ser um instrumento de treinamento, em longo prazo, para uma equipe qualificada. Então, conhecer uma legislação e se atualizar são uma forma de trazer crescimento para a sua empresa”, contou.

De acordo com o diretor da ETPC, Rogério de Paiva, é preciso entender que cumprir essa cota é uma ação social de inserção desse jovem no mercado de trabalho. “Além do mais, você estará trazendo uma potência de trabalho para o seu serviço. Ao invés da empresa gastar seu tempo e dinheiro treinando, o jovem será treinado por uma instituição de ensino. Nós sabemos que muitos empresários desconhecem o programa, mas é uma oportunidade que precisa ser divulgada”, completou.  

O presidente da CDL de Volta Redonda, Adriano Santos, também participou da reunião junto com o consultor André Maia e a gerente executiva Sabrina Ribeiro. Para ele, os associados à entidade precisam conhecer e se atentar à lei. “O Estado do Rio de Janeiro está em terceiro lugar no ranking de maiores empregadores de jovens aprendizes, mas temos muito que crescer, ainda não chegamos à nossa capacidade total. A lei é uma realidade que vai beneficiar e qualificar a mão de obra disponível no mercado”, avaliou.

Lei

A “Lei da Aprendizagem” afirma que empresas de médio e grande porte devem contratar jovens com idade entre 14 e 24 anos como aprendizes. Para os pequenos, a ação é optativa. As cotas variam de 5% a 25% por estabelecimento.

O contrato de trabalho pode durar de até dois anos, com uma carga horária de 4 a 6 horas e, durante esse período, o jovem é capacitado na instituição formadora e na empresa, combinando formação teórica e prática. 

Já a remuneração é proporcional ao número de horas que o aprendiz trabalha, usando como base o salário mínimo.

Atenção: Os empreendimentos que não cumprirem a lei estão sujeitas a multas e outras penalidades.

Reconhecida de Utilidade Pública: Lei Municipal Nº 1381/76 - Lei Estadual Nº 1559/89
Filiada: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro.

Agência Interagir