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Segundo idioma pode fazer diferença para empresários

Revista O Lojista - edição 159 - página 28 - 19/01/2018

O número de Médias e Pequenas Empresas (MPE) exportadoras, calculado pelo Sebrae no final de 2017, subiu 12% em 2016. Esse mercado internacional virou realidade no Brasil e, para dar conta desta demanda, os empresários têm buscado aprender outros idiomas.  Em Volta Redonda, as escolas especializadas, como o CNA, por exemplo, estão atentas à nova tendência. Elas orientam tanto o pequeno quanto o grande empresário a procurar uma instituição de ensino para se preparar para o mercado daqui a alguns anos.

O estudo chamado “As Micro e Pequenas Empresas nas Exportações Brasileiras”, feito pelo Sebrae com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX), analisou os anos de 2009 a 2016. Foi apontado que, em 2011, as MPE´s representavam 32,8% do total de empresas exportadoras. Este número subiu para 38%, em 2016: mais de oito mil empresas deste porte fizeram negócios para o exterior, o que resultou no mais novo recorde da série histórica. 

Fábio Neves Maia, Elaine Maia e Leonardo Gomes Travassos são sócios do CNA Volta Redonda. Eles contaram um pouco sobre a importância de aprender uma segunda língua. “A primeira língua para se aprender precisa ser o inglês e, depois, a pessoa pode procurar por outra com a qual se identifique mais. Mesmo que a pessoa nem goste tanto assim do idioma, mas o inglês é mais abrangente, o mundo fala em inglês. Então, a chance de se colocar no mercado é muito maior. Na verdade, o grande diferencial hoje em dia é você falar uma terceira língua, porque entende-se que o inglês já é obrigatório”, explicou Elaine. 

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Segundo a diretora, com a autonomia que o aluno conquista ao estudar o inglês, ele vai conseguir se comunicar com ligações internacionais, ler um documento, entender e resolver problemas. “O mérito não será dado por ter estudado um inglês técnico direcionado para exportação, mas porque ele adquiriu autonomia para negociar com a própria língua e conseguir as informações que ele deseja”, explicou.

Feiras internacionais

Muitos empresários querem participar de feiras internacionais, mas querem apenas o inglês técnico, por acharem ser um meio mais fácil. “Não é bem assim. Primeiro ele vai precisar chegar ao aeroporto, ir ao hotel, ir à feira, se alimentar. Ele precisa resolver as coisas básicas. Eu tenho um amigo empresário que sempre faz viagens, mas reclama que precisa ficar seguindo o grupo o tempo todo. Para resolver este problema, é preciso estudar com paciência”, contou Fábio. Leonardo logo acrescentou à fala do sócio: “Sempre vai ter algum termo que vai ser aprendido aos poucos, no dia a dia. Só a prática traz fluência no idioma”.

Fábio Neves disse que o empresário precisa aprender uma segunda língua por oportunidade. “Se você não se comunicar neste mundo globalizado, onde o domínio da língua é algo que você precisa ter, vai perder negócio”, justificou.

- E não se preocupe com o sotaque, o mundo inteiro tem. O objetivo é falar a língua de forma clara, entendendo os mais diversos sotaques. O risco de você falar com um não-nativo é muito maior – acrescentou. 

Para quem já fala em inglês, a dica da Elaine é estabelecer metas, como uma certificação internacional. “Apenas manter a conversação não é o suficiente, porque o falante tende a recorrer às estruturas mais básicas de um idioma. Quando se há uma meta, muita coisa acontece com até conseguir o objetivo estipulado”, falou.

Dicas para contratar os serviços de uma instituição

1) Todas as informações do curso estão bem especificadas no contrato, inclusive a carga horária. Cuidado com os documentos em que você está amarrado a instituições, que estabelecem vínculo eterno.
2) Contrate uma escola flexível. As pessoas têm imprevistos, então a instituição precisa ter flexibilidade. 
3) O aluno precisa procurar ter uma relação próxima com a instituição para acompanhar o cumprimento de todo processo de aprendizado.
4) É importante o aluno escolher um contrato que atenda seu tempo livre para estudos. Às vezes, é necessário adotar outro formato de ensino.

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Agência Interagir