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Relações empreendedoras e saudáveis entre pais e filhos

Revista O Lojista - edição 154 - página 10 - 08/08/2017

Atualmente, a maioria das novas empresas no mundo é familiar e isso não é uma surpresa. Só no Brasil, o negócio é responsável por 40% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados abordados no Encontro de Empresas Familiares, o Enef. Esta tendência se estende às cidades do interior, como Volta Redonda. Várias famílias encontram aqui, não só uma possibilidade de expansão nos negócios, mas também um lugar para viver. 

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A Unibrás, por exemplo, é uma das empresas familiares mais antigas da região. Luís Fernando Soares Cardoso, diretor administrativo há 35 anos na empresa, disse que desde quando era criança, seu pai, Antônio da Costa Cardoso, lhe colocava para trabalhar no depósito todos os anos durante suas férias de dezembro. 

- Inicialmente, eu queria ser médico. Fiz vestibular, passei, mas meu pai me disse: “Você é o mais velho, se você for médico, como nós vamos fazer? Quem vai tocar a empresa comigo?” Aí eu tive que recuar e fazer economia em Volta Redonda para trabalhar na Unibrás – relembrou Luís.

Uma das vantagens deste tipo de empreendimento, conforme contou Luís, é estar sempre com a família e ela ser mais sensível com as dificuldades que a empresa enfrenta. Todo mundo sofre junto. “Um lema da empresa que meu pai sempre falou conosco: empresa sadia, família sadia. Tem horas que, realmente, nós discutimos, mas nunca deixamos de sermos amigos”, contou.

Luís contou que toda vez que a empresa tem um problema, ou precisa ser sanada uma dúvida, eles vão até o pai. “Ele é o nosso consultor maior. Às vezes, ele fala que vai dar um tempo, parar de trabalhar, mas a gente insiste pra ele ficar mais um pouquinho, porque ele gosta”, compartilhou. 

Antônio disse que se não tivesse filhos, não teria razão para manter a empresa. “Eu quero que ela sobreviva além de mim. Hoje, estamos na segunda geração de diretores. Mas, já estamos vendo na terceira geração, quem tem a vocação para que a gente possa trabalhar essa criança para suceder a gente”, falou. 

A história se repete na Anna Calçados. Para Ana Vilela é um prazer poder contar com seu pai, Doranaide Vilela. “Sem contar que trabalhamos olhando para uma mesma direção, nossos objetivos são o mesmo: crescer! É um privilegio ter uma empresa familiar, é confiança em tempo integral”.

- A ideia de abrir a loja surgiu a partir de um sonho de minha mãe. Todos nós abraçamos a ideia e graças, a Deus, estamos juntos há 20 anos na Anna Calçados. Há quatro anos, por iniciativa minha e, com apoio dele, abrimos a Anna Kids e estamos bem felizes com nosso trabalho em família! Sempre um dando apoio ao outro – recordou.

Agora, a missão de Ana é dar continuidade a esse projeto. “É um sonho que também passou a ser meu. O exemplo te leva e, com eles, aprendi que para crescer, para ser empreendedor, é preciso se desprender de algumas coisas e investir, que foi o que eles fizeram, e deu certo”, comemorou.

- Hoje já está na veia! Não vivo mais longe do comércio. É o que eu aprendi a fazer. A partir de agora, quero não só manter, mas multiplicar. Sempre, como uma empresa familiar – reforçou.

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Agência Interagir