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Emprego no Rio de Janeiro

Revista O Lojista - edição 164 - página 26 - 03/07/2018

Com a maior taxa de desemprego da região sudeste, o Rio de Janeiro não tem conseguido se recuperar da crise política e econômica que afeta o estado há pelo menos três anos. Segundo números do IBGE, no primeiro trimestre deste ano, o desemprego chegou a 15%. No mesmo período em 2017, a taxa de desocupação era de 14,5%.

A situação é considerada grave por especialistas. A cadeia de efeitos econômicos e sociais provocada pelo desemprego é perceptível e o quadro piora a cada dia. “O estado do Rio de Janeiro não está melhorando nada, só está piorando”, afirma o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Wellington Leonardo da Silva.

De acordo com o economista, a atual condição do Rio de Janeiro é reflexo das políticas equivocadas que foram aplicadas para resolver a questão fiscal. Para Wellington Leonardo da Silva, “ao invés de se realizar uma reforma tributária, por exemplo, se prefere congelar os investimentos públicos por 20 anos, se prefere vender o patrimônio nacional, a exemplo das reservas do pré-sal”. Essa é a causa, segundo ele, que “leva a economia a um processo mais agudo de recessão”.

Neste ano, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) homologou o acordo de recuperação fiscal do Rio de Janeiro. O estado fará ajustes de R$ 63 bilhões, até 2020, com medidas de redução de despesas, empréstimos e suspensão da dívida do estado com a União.

A organização fiscal é primeiro passo para a saída da crise, avalia Bruno Ottoni, pesquisador da área de Economia Aplicada da FGV/Ibre. “Eu acho que vai ser extremamente importante que o governo do estado, olhando sob a ótica pública, organize sua situação fiscal porque realmente, na situação em que o estado se encontra atualmente, é muito difícil que haja incentivo, as contas ficam muito desorganizadas e acaba que o estado como um todo fica desorganizado”.

De acordo com Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), nos últimos 12 meses, o estado do Rio de Janeiro contratou 1.126.462 pessoas com carteira assinada e demitiu 1.169.228. O saldo dessa conta são 42.766 vagas perdidas no estado, no período. Nos primeiros quatro meses de 2018, foram perdidos 3.642 postos de trabalho no estado do Rio de Janeiro, impulsionados – principalmente – pelo setor de Comércio, com quase onze mil vagas fechadas (10.878).

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Agência Interagir