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Revista O Lojista - edição 179 - página 26 - 13/11/2019

No meio de tantos fatores negativos que assustam o comércio - desde crises econômicas à queda na procura de certos produtos - um setor que não tem do que queixar é o mercado de armarinhos. As vendas no comércio que inclui itens diversos registrou crescimento de 15,76% em maio deste ano. Os dados, que fazem parte da última Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do país, realizada pelo Instituto Fecomércio-RJ, constataram que esse ramo possui diversas vantagens.
O setor consegue captar vendas por sazonalidade e também em várias épocas do ano, com uma boa fidelização dos clientes. Este tipo de comércio não se trata de produtos de primeira necessidade, mas as pessoas sempre precisam de algo que é vendido no armarinho, seja para concertar ou produzir.
A experiência com vendas também ajuda muito quem está nesse ramo, pois já sabe como funciona o mercado, além de saber quais são as tendências de venda, e sempre atento às necessidades dos clientes. “Os anos de comércio realmente fazem toda a diferença. A cada dia venho aperfeiçoando com atendimento, mercadorias e sempre disposta a ouvir a sugestão dos clientes, afinal, eles são garantia do nosso sucesso” disse Maria da Penha Borges, proprietária da loja Penha Presentes, que fica no Santo Agostinho, e possui um mix diversificado de produtos.
Outra vantagem é que é possível encontrar muita coisa em um só lugar, como um bordado para o vestido da noiva ou fitas para ovo de Páscoa ou um simples apontador. É um setor que tem tradição e consegue se manter em longo prazo. 
Há 25 anos atuando no comércio, Maria da Penha sabe bem como funciona o segmento. “Meu público é bem diversificado, devido às mercadorias que tenho que são bem sortidas. Mas, em especial, tenho uma procura maior em papelaria e brinquedos, apesar de também vender artigos de decoração, cama mesa e banho, e confecção. Esses são os produtos que mais vendem. Entra ano e sai ano, o meu negócio gira muito bem”, contou.
O seguimento de armarinho é um mercado estável, não tem muita concorrência, segundo ela, por ser uma atividade comercial antiga que resistiu às transformações do mercado. Ainda mais quando se tem uma loja onde tem de tudo um pouco “Sempre batalhei para acrescentar, então diversifiquei a loja com bastantes mercadorias” disse Maria da Penha.
E com uma vasta experiência no mercado isso influenciou até os filhos de Maria da Penha a entrarem no varejo, como é o caso de Carlos Renato Borges, seu filho mais novo, que seguiu os passos da mãe, mas preferiu ir para o ramo de mercearia e frios.
“Minha mãe já tem loja há 27 anos e minha irmã tem loja no ramo de brinquedo, mas preferir ir para um ramo que eu gostava mais, porque sempre tive vontade de abrir um mercado, então peguei essa oportunidade e estou até hoje. Nosso ramo aqui é voltado tanto para o varejo quanto para empresas, no atacado, como lanchonete, restaurante e pizzaria”, disse Carlos.
Carlos Renato que é proprietário da Pame Supermercado já está neste ramo desde 2014. Segundo ele, o estabelecimento foi se moldando em meio à crise que vinha rodeando o Brasil. “Viemos crescendo desde então sempre tomando cuidado com essas crises e altos e baixos do comércio” falou.
E Carlos não está errado, o volume de vendas no varejo subiu 0,1% em agosto na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o terceiro mês seguido de ganhos.
“O mercado hoje não está ruim só que está muito instável. Não é igual há quatro anos, quando você tinha previsões de venda” completou Carlos.

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Agência Interagir