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Revista O Lojista - edição 178 - página 27 - 15/10/2019

O cenário de crise econômica e o desemprego fazem com que alguns trabalhadores busquem na abertura do próprio negócio uma forma de voltar ao mercado. A facilidade para abrir a empresa garante o impulso inicial. Cada vez mais, o trabalho autônomo tem sido opção para profissionais ingressarem ou buscarem recolocação no mercado.
 
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até 2018 existiam cerca de 23 milhões de pessoas atuando por conta própria no país, número 2,8% maior do que o registrado em 2017. As possíveis razões para esse aumento são: a formalização e desburocratização para esse tipo de trabalhador, que aconteceu com a criação do Microempreendedor Individual (MEI) em 2008 e a procura por uma maior qualidade de vida em detrimento da estabilidade do emprego formal.

O autônomo é um prestador de serviços, sem vínculo empregatício com empresas. Ele desempenha funções sem precisar seguir regras específicas e modelos das organizações. Porém, da mesma forma que tem liberdade, é importante que tenha ciência da responsabilidade de assumir os riscos, como a instabilidade financeira, além da ausência de benefícios trabalhistas.

É o caso de Jéssica Pimentel que, com seu marido Alexandre Pires, começou no ramo de personalização de chinelos com a loja Aquarela Chinelos, quando não via mais um lugar no mercado de trabalho. “Começou quando eu não encontrava um emprego e as coisas começaram a ficar difíceis. Até cheguei a encontrar alguns empregos depois, mas não me encaixava e, por isso, não ficava muito tempo na empresa. Sempre gostei de criar coisas e um dia numa loja vi um bordado que achei lindo e depois vi outro bordado, mas num calçado e veio em mente a ideia de personalizar chinelos, já que é uma peça que todos usam em qualquer estação” disse.

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O primeiro passo, para ser um autônomo, é se reconhecer como empresa. Isso requer separar o consumo da pessoa física do da jurídica. Ter contas bancárias separadas, por exemplo, é uma forma de contabilizar gastos com o próprio negócio. “Sempre quis ter meu negócio só não sabia o que, mas quando tive a ideia de empreender os pensamentos de como seria foram surgindo. O que aflorou mais para eu sair de onde eu trabalhava foi saber que se trabalhasse por conta própria, eu poderia triplicar minha renda e poder dar uma condição melhor para minha família” completou.

Migrações como a de Jéssica para o setor MEI têm crescido bastante 

Para ser MEI, se deve ter um faturamento de, no máximo, R$ 81 mil por ano e pode contratar apenas um empregado, pagando salário-mínimo ou piso da categoria. “Tem dois anos que estou no mercado e não me arrependo. Quando percebi que as pessoas começaram a ficar encantadas com o produto, ficamos muito felizes e isso nos fez mostrar que estávamos no caminho certo. Foi assim que nasceu a Aquarela Chinelos. Foi muito bom ver que as pessoas parando de comprar chinelos normais e em concorrentes e comprando conosco,” disse o casal.

Reconhecida de Utilidade Pública: Lei Municipal Nº 1381/76 - Lei Estadual Nº 1559/89
Filiada: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro.

Agência Interagir