Prova disso é o Jardim Escola Amor Perfeito, no bairro de Fátima, em Barra do Piraí, no limite com Volta Redonda. A escola trabalha com classes do berçário um e ensino fundamental (do primeiro ao quinto ano), já incentivando e implantando esse conceito empreendedor, sem deixar de se preocupar com o desenvolvimento social dos seus alunos também. Os proprietários falaram com O LOJISTA sobre novo conceito em aprendizado que vai além do modelo tradicional, agregando mais conhecimento e incentivando o desenvolvimento de diversas habilidades, além da grade curricular obrigatória.

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O LOJISTA: Como surgiu o interesse em administrar uma escola?

MARIA APARECIDA GONÇALVES: A escola existia num bairro de Volta Redonda e iria fechar. Fiz uma visita e resolvi assumir a administração. Eu sou professora há mais de 25 anos, então decidi dar um passo à frente e implantar os conceitos e a minha paixão pelo ensino em um espaço maior. Depois disso, levamos para o bairro de Fátima, onde estamos até hoje e fomos crescendo, mostrando nosso valor mesmo na periferia, o que nem sempre valorizam.

O LOJISTA: Quais foram os principais desafios encontrados, principalmente, nos momentos de crise financeira?

MARIA: Como somos uma escola de pequeno porte e de um bairro periférico, o segredo é a boa administração. Não é fácil, precisamos de muita atenção e dedicação. Mas a maneira que conduzimos tudo dentro da empresa, a organização em si, é o que fez o nosso êxito. Inclusive, nos fez manter os profissionais. Nós buscamos valorizar as pessoas aqui perto, prezando a qualidade, primeiramente, mas buscando gerar emprego, valorizar quem mora aqui. 

O LOJISTA: O que vocês planejam para o futuro?

ANDERSON COUTINHO: Nós pretendemos dar continuidade para a sequência dos alunos depois que acabarem o quinto ano. Então, expandir o espaço, construindo também uma quadra de esportes e abrir turmas do sexto ao nono ano. E no tocante ao social, vamos oferecer um serviço de psicopedagogia para a população que mora no bairro.

O LOJISTA: Como vai funcionar este projeto de psicopedagogia?

MARIA: De forma voluntária, introduziremos esse setor psicopedagógico para a comunidade aqui do bairro e região. Porque cada aluno, de um modo geral, tem sua peculiaridade e suas diferenças e dificuldades e, muitas vezes, o professor ali no setor público, não tem esse tempo para dar a atenção devida. Então, vamos gratuitamente oferecer este auxílio para que até mesmo pais e mães venham descobrir algo que possa estar prejudicando o aprendizado da criança.

O LOJISTA: Vocês, como empresários, têm bastante gastos. Qual a importância que vocês dão para oferecer este auxílio para a população de maneira voluntária?

MARIA: Nós precisamos pensar além do nosso muro aqui. Apesar de sermos uma escola particular, nós somos aqui do bairro, então se pudermos ajudar as crianças e adolescentes a melhorarem e conseguir aprender de uma maneira melhor, nós vamos fazer. Isso faz parte da minha profissão, essa responsabilidade de ajudar no desenvolvimento. Isso ajuda todo mundo, é um compromisso social que não podemos nos omitir.

O LOJISTA: Qual a importância da parceria com a CDL-VR?

ANDERSON: Nos indicaram a CDL-VR e vimos que precisamos abrir portas para o crescimento. Então, vemos o trabalho que fazem e os cursos que oferecem, o que pode nos ajudar a modificar e corrigir algumas coisas que podem estar erradas, fortalecendo a nós e a empresa. Além disso, essa aproximação ajuda a valorizar e fortalece nosso trabalho. É muito importante.