As fake news, ou notícias falsas, sempre preocuparam quando o assunto é política, pela capacidade de interferir na opinião das pessoas e influenciar eleitores, se alastrando pelas redes sociais e em aplicativos, como um vírus, toda vez que alguém compartilha. O conceito ainda é novo e não é bem definido. No geral, refere-se a diferentes tipos de fatos falsos, levando à desinformação ou a informações inverídicas, com a falsa representação da realidade ou a distorção de acontecimentos. Não são consideradas fake news, opiniões individuais, sátiras e erros jornalísticos puros.
Mas, não são só os políticos que precisam ficar preocupados com essa disseminação de notícias falsas pela internet e aplicativos de mensagens. Você já parou para pensar no impacto que elas podem ter em uma marca? Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), denominado “Fake news: desafios das organizações”, mostrou que mais de um terço das empresas entrevistadas já foi alvo de publicação de fake news.
Apesar do impacto das fake news nos negócios, o estudo mostra que as empresas ainda não estão preparadas para lidar com esse fenômeno. A maioria delas (67%) não tem as fake news incluídas entre seus temas estratégicos, embora 85% dos entrevistados tenham declarado estar preocupados com o assunto. As organizações, em geral, não possuem uma estrutura formal para acompanhamento e gestão da publicação de fake news (76%) e mais da metade (56%) não utiliza ferramentas de monitoramento e análise de notícias falsas.
Os participantes da pesquisa acreditam que as plataformas de redes sociais são as principais responsáveis por tomar medidas de combate às fake news (64%), mas, a maioria (89%) não tem feito o suficiente para auxiliar os usuários na verificação da veracidade de um conteúdo.
Principais danos
• Danos à reputação da marca: 91%;
• Danos à imagem da organização: 77%;
• Perdas econômico-financeiras: 40%;
• Danos à credibilidade da organização: 40%;
• Danos à imagem do setor: 28%;
• Danos à reputação da liderança: 13% .
Ferramentas de análise
As 37% empresas que adotam estratégias para monitorar fake news utilizam as seguintes ferramentas:
• Monitoramento de espaços corporativos em redes sociais: 54%;
• Análise de espaços corporativos em redes sociais (vários idiomas): 28%;
• Manutenção do repertório de mídia social e conversas on-line: 24%;
• Integração da solução de monitoramento de fake news com outras de comunicação: 20%;
• Mensuração do impacto das fake news: 13%;
• Utilização de sistema de fact checking: 11%.
Ações de combate
Para os entrevistados, estas são as ações que mais contribuem para reduzir a propagação de fake news:
• Fechamento de contas falsas e remoção de contas automáticas das redes sociais: 86%;
• Privilegiar as informações de fontes confiáveis nos resultados de pesquisa: 77%;
• Mecanismos para bloquear conteúdo patrocinado de contas que regularmente publicam fake news: 76%;
• Maior investimento em jornalismo investigativo baseado em dados para oferecer narrativas confiáveis e atraentes: 62%.
FONTE: REVISTA CNDL