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Cabeleireiros renovam profissão e espalham conhecimento e autoestima

Revista O Lojista - edição 157 - página 12 - 08/11/2017

No dia 3 de novembro é comemorado o dia do padroeiro dos cabeleireiros, São Martinho de Porres, por isso, é a segunda data do ano em comemoração ao Dia do Cabeleireiro. Antigamente, os profissionais da beleza eram restritos ao manuseio de suas tesouras, navalhas e pentes. Já, hoje em dia, o quadro mudou e os cabeleireiros conquistaram seu espaço diferenciado na sociedade. Eles deram mais significado à profissão, que não é mais só cuidar da beleza externa, mas também aflorar a interna. 

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Um exemplo deste tipo de profissional é Alessandra Moraes, diretora da Bless Centro Técnico de Beleza. Há quatro anos, a cabeleireira e maquiadora começou a dar aulas em uma instituição de beleza logo depois que se formou. “Eu via muita coisa boa e errada. E eu queria mudar aquilo, mas não conseguia, porque eu era funcionária. Com muita dificuldade, sem dinheiro, eu comecei meu próprio negócio. Era um curso de especialização, sem certificado. Depois pensei em montar uma escola. Fiz todo o conteúdo programático colocando as coisas boas e tirando as ruins”, relembrou. 

- Acho que a gente está crescendo e tendo um nome relacionado à responsabilidade, porque a gente carrega o lema: primeiro a saúde, depois a estética. Eu cobro muito de todo mundo para passarem o conhecimento correto e não privarem nenhum tipo de informação – contou a proprietária. Segundo ela, antes do produto entrar na escola, são feitos vários testes para conferir a eficiência dele. “Não quero levar um nome de um local que oferece uma progressiva barata, esse não é o meu foco”, explicou.

Laços de Amor

Há dois anos, Alessandra iniciou um projeto chamado Laços de Amor, que nasceu com a história da filha de uma cabeleireira da Bless. Nathany tinha 11 anos e foi diagnosticada com leucemia. “Minha filha me deu um aplique bem grande, então decidi mandar fazer uma peruca para ela. Depois de três dias, entreguei para a Nathany e ela chorou muito e me pediu para eu nunca deixar de fazer perucas para as amigas dela. Três meses depois, ela morreu. Foi aí que o projeto nasceu”, reviveu. 

Hoje, são 15 voluntárias que fazem as perucas. E todo o dinheiro para manter a ação vem de rifas. “A gente vive de doações. Nós fazemos perucas do jeitinho que elas querem e elas tiram fotos, põe coroa. É muito gratificante”, compartilhou. 

- A mulher é muito vaidosa e quando elas chegam, trabalhamos com o visagismo dentro delas. Tem gente que fala: Arranca a minha mama, mas não arranca o meu cabelo. Então a gente faz todo o processo de raspagem da cabeça, com muita conversa e a peruca já separada. Durante o processo elas ficam de costas para o espelho. Quando elas se veem com a peruca, sabem que tirou um cabelo, mas já está com outro – esmiuçou.

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Agência Interagir