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Empresa Familiar e Sucessão

Revista O Lojista - edição 152 - página 27 - 30/05/2017

* Juliana Gomes
As empresas familiares estão presentes no mundo todo com significativa participação entre todas organizações existentes, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte. Não obstante essa importância na economia, ocorre um aspecto em relação à sobrevivência dessas empresas, que são os conflitos existentes entre os membros da família. No Brasil, segundo pesquisas feitas pelo pesquisador e doutor, Armando Lourenzo, existem conflitos em 85% das empresas familiares. 

Dentro de uma empresa familiar encontram-se outras características além da existência de conflitos, como decisões emocionais, dificuldade maior de descentralização e a dificuldade de separar a família da empresa. Identificou sua empresa neste contexto? Não se preocupe, os estudos mostram também que não há apenas características negativas nesse tipo de organização. A confiança mútua, decisões mais rápidas, a visão a longo prazo de dirigentes familiares e a disposição em sacrificar-se em nome da empresa são algumas vantagens da empresa familiar.

Uma das principais dificuldades da empresa familiar, em relação a sua sobrevivência a longo prazo, é a transferência do poder do fundador para os seus possíveis sucessores. Apenas 25% das empresas familiares brasileiras conseguem fazer a troca de comando da primeira para a segunda geração de forma satisfatória.

O que muitos empresários se questionam é como escolher e preparar o seu sucessor. O primeiro passo é entender que a sucessão não pode ser vista, exclusivamente, sob aspectos objetivos, pois ela é caracterizada por dificuldades comportamentais. E, que a sucessão é um processo, no qual deverá ser identificado o perfil desejado ao sucessor, elaborado um planejamento sucessório e a feita a preparação deste sucessor. 

Durante o processo de sucessão, a empresa tem as seguintes alternativas: Transferência do comando para um sucessor familiar; Vender a empresa; Separar a organização entre os herdeiros; Colocar no comando um executivo interno ou externo; Fechar a empresa de forma programada; ou a Compra total da empresa por um dos sócios. 

Definir papéis dos sócios e gestores, além de realizar um acordo familiar, são dicas importantes de preparação destes para a eficácia do processo de Sucessão. Lembre-se de que o melhor negócio do mundo não resiste aos despreparo e disputas entre seus sócios.

* Juliana Gomes da Costa é graduada em Comunicação e Direito, com especialização em Comunicação Empresarial e Gestão em Pequenos Negócios. Atua como analista do Sebrae na Coordenação Regional Médio Paraíba desde 2010.

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Agência Interagir