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Nem o clima romântico do Dia dos Namorados animou os consumidores a comprarem mais no crédito. Com a crise, muitas pessoas endividadas preferiram pagar à vista ou em outra forma de pagamento diferente do crediário. Em junho, as vendas no carnê caíram 15,94% em relação a maio, que também já havia apresentando queda. Em contrapartida, o número de novos devedores, que estão inadimplentes diminuiu 75,20%,, mas o cancelamento também teve redução de 46,52%, na balança, a inadimplência ficou em 28,68%, o que mostra que as pessoas estão pagando em dia, mas quem está com conta atrasada não tem quitado as dívidas.
Para a presidente da CDL-VR, Maria Auxiliadora de Ávila Marcelino, a Dorinha, acredita que as demissões que estão acontecendo nos últimos meses começam a refletir negativamente agora no segundo semestre. “Vimos que as vendas caíram nos últimos seis meses. Isso porque, quem foi demitido em janeiro, por exemplo, ainda estava recebendo o seguro-desemprego, comprando menos, mas pagando em dia. Agora, quem não conseguiu uma nova oportunidade de trabalho começa a enfrentar realmente problemas financeiros. Isso é reflexo dessa instabilidade política e econômica”, avaliou.
Segundo ela, quem tem comércio precisa trabalhar com uma margem de segurança, oferecer crediário, porque o custo é mais barato, entretanto, realizar a pesquisa creditícia também para não correr risco de vender para quem está com dívidas em atraso. “A hora é de cautela e precaução. É preciso vender, mas sem perder o controle sobre o perfil do cliente. Em tempos de crise, a oportunidade de compra e venda tem que ser positiva para ambas as partes: lojista e cliente. Por isso, investir em promoções e prazo de pagamento pode ser atrativo e estimular as vendas”, acrescentou.