No mesmo período do ano passado, o país registrou movimento oposto: a entrada de dólares superou as retiradas em US$ 9,97 bilhões.
Impacto no dólar
A entrada de dólares na parcial de outubro favoreceria, em tese, a desvalorização da moeda em relação ao real. Isso porque, com mais dólares no mercado, o preço tende a cair. Neste mês, de fato, o dólar vem recuando.
No fim de setembro, o dólar estava cotado a R$ 3,25 e, nesta quarta-feira (19), por volta das 13h, estava negociado a R$ 3,17.
Segundo analistas, além do fluxo de dólares, outros fatores influenciam a cotação da moeda norte-americana, como o cenário externo, com a previsão de alta nos juros nos Estados Unidos, que tende a atrair capital para aquela economia, e o cenário político no Brasil, com a aprovação da PEC do teto de gastos, entre outros.
"O recuo do dólar na sessão de terça-feira atraiu compradores logo cedo. Temos visto muita procura quando a moeda chega na casa de R$ 3,18, com muitos investidores comprando para honrar compromissos", comentou à Reuters o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.
O mercado também vem trabalhando com trajetória de baixa para o dólar, diante da perspectiva de ingresso de recursos com a proximidade do fim do prazo para a repatriação de recursos de brasileiros no exterior.
Interferência do BC
Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swap cambial (que funcionam como uma venda futura de dólares), ou de "swaps reversos" – que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro.
Nestas operações, o BC faz oferta de dólares para tentar controlar a cotação da moeda e impedir grandes oscilações. Além disso, essas operações servem para oferecer garantia (hedge) a empresas contra a valorização do moeda.
O Banco Central vendeu nesta manhã o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de moeda.
Fonte: G1 - Economia