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Conversando com o SEBRAE

Revista O Lojista - edição 176 - página 9 - 09/08/2019

*Renato Regazzi 

O processo de autoconhecimento é um fator crítico de sucesso dos lideres atuais para fazer frente às crescentes demandas referentes a economia do conhecimento e a velocidade das transformações tecnológicas, onde o líder deve conhecer seus pontos fortes e fracos, valores, propósito de vida e competências, para conseguir ter um alto desempenho profissional e pessoal, gerando valor para as empresas e organizações.

É sabido que algumas características que definem um indivíduo têm como base a hereditariedade, que pode ser definida pelo ‘DNA’, o ambiente que é o local onde se vive juntamente com a cultura, as relações familiares, normas e regulamentos, e as experiências individuais e coletivas, positivas e negativas, que um indivíduo pode passar pela vida. Todos estes determinantes das características pessoais definem as singularidades de uma personalidade. O que deve ser bem entendida para que o indivíduo consiga atingir o seu melhor desempenho, por meio do autoconhecimento.

No contexto da busca por um alto desempenho, analisar as próprias forças e fraquezas, valorizando os pontos positivos, definindo quais valores são importantes, entendendo o lugar ao qual pertencemos e compreendendo qual contribuição devemos e podemos dar as organizações, empresas e a sociedade, assumindo a responsabilidade pelos relacionamentos e nossos atos pessoais e profissionais, pode ser uma boa forma de se tornar um líder de alto desempenho, alcançando metas e realizações. É muito importante termos consciência dos nossos talentos, interesses e aptidões, desta forma podemos praticar melhor a nossa autogestão e nos tornar líderes que realmente podem fazer a diferença em nossa sociedade.

A autoadministração exige o melhor controle das nossas emoções, hábitos, conhecimentos, habilidades e competências, valorizando a capacidade de aprender e dar foco e atenção ao que estamos pensando e fazendo no momento. Esta é uma das bases da lógica da autogestão. Então, ter foco facilita a atenção e reduz o consumo de energia do nosso cérebro, sendo recomendada a realização de uma tarefa de cada vez e não a realização de várias tarefas ao mesmo tempo, quando fazemos nossas atividades pessoais e profissionais, evitando a multitarefa, o que para muitos pode parecer "contraditório", devido à falsa percepção que muitas pessoas têm em relação ao tema, sem observar os argumentos científicos adequados. O que a ciência diz, de fato, é que o nosso cérebro funciona melhor e mais eficiente, gastando menos energia, quando fazemos uma tarefa de cada vez.

O processo de autogestão deve evitar também as armadilhas das falsas percepções, que podem distorcer a realidade e prejudicar os nossos julgamentos. Então, devemos ter atenção para não criar estereótipos, limitações, semelhanças, projeção, percepções seletivas devido a nossa subjetividade e também analisar algum fato por partes ou fragmentos, dente outras potenciais falhas de interpretações, que possam prejudicar o nosso julgamento, nossas relações e desempenho. Então devemos valorizar a visão sistêmica, convergente e evitar as subjetividades.

O tema da autogestão, por meio da liderança de si mesmo, pode permitir uma reflexão sobre a importância do autoconhecimento e da autoadministração que devemos ter sobre nossos atos pessoais e profissionais, e que o nosso sucesso depende mais de nós do que das condições que nos são oferecidas, das condições de "contorno". Este entendimento pode facilitar para que os líderes e suas equipes promovam resultados visando a alta performance para as empresas, organizações e para a sociedade, com motivação e autorrealização.

*Renato Regazzi  é gerente de Grandes Empreendimentos do Sebrae Rio

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Agência Interagir