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Alta carga tributária prejudica a economia

Revista O Lojista - edição 160 - página 25 - 20/02/2018

*Marcelo Mérida

Governar não deveria ser apenas gerir contas e buscar avidamente por receitas. Administrar um país, um estado ou um município deveria ser um esforço maior, o de se criar oportunidades para o desenvolvimento, geral riquezas, distribuir rendas e dinamizar a economia. 

Em nosso país, os governantes apostam em contínuo aumento de taxas, impostos, contribuições, para cobrirem os furos de seus orçamentos. O brasileiro comum é sofrido, diariamente castigado por erros de gestões em diferentes esferas de poder e não suporta mais pagar essa conta. 

Não há como tolerar mais essa forma atrasada de gestão, a qual se tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, e serviços públicos sofríveis, inexistentes, insuficientes e ineficazes. 

Os mais fracos sempre pagam o maior preço e, em cidades de todo o Brasil, os maiores penalizados são as micro e pequenas empresas, que representam 54% dos empregos formais e respondem por 27% do PIB nacional. 

Lojistas em todo o Brasil sofrem com baixa produtividade em função de um conjunto de taxas e tributos elevados, em todos os níveis, com redução de sua capacidade de investimento, apesar de todos os esforços em profissionalização de recursos humanos e melhorias de gestão. 

A capacidade contributiva das empresas e dos cidadãos chegou ao seu limite, em que se estabelece assim um círculo vicioso. A majoração de taxas e impostos acarreta menor arrecadação e eleva-se o estoque de dívidas. 

O aumento de impostos por presidentes, governadores e prefeitos se tornou um caminho fácil para governos tentarem impulsionar a arrecadação, em uma alternativa que se tornou habitual, mas que apequena a economia. Mais impostos não eliminarão os déficits provocados pela ausência de planejamento e irresponsabilidade dos governantes. É possível fazer diferente, modernizando a máquina administrativa, reduzindo custos, atraindo investimentos, facilitando empreendedores e realizadores.  Os empresários são um exemplo concreto para os governos: faturar não é um exercício de inércia, e sim um reinventar constante de seus negócios.

* Marcelo Mérida é presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro. (FCDL-RJ)

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Agência Interagir