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Comércio de Volta Redonda é o único do estado ainda fechado na pandemia

10/07/2020

Na contramão da maioria das cidades do país, Volta Redonda é a única cidade do Estado do Rio de Janeiro a manter o comércio fechado na última semana. A informação é da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro (FCDL-RJ).  A entidade pede a reabertura imediata do comércio com base na redução da ocupação dos leitos de UTI, divulgada ontem pelo Governo Municipal, retorno dos pacientes para o Hospital Regional e prevenção para evitar falência das empresas. Em nota divulgada hoje pela manhã (10/07), a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ) manifestou apoio à reabertura do comércio em Volta Redonda, na forma do que estabelece os protocolos de saúde pública e em respeito ao consumidor, aos trabalhadores e aos empreendedores. 

“Não é admissível que a cidade de Volta Redonda, um dos mais importantes centros comerciais do Estado do Rio de Janeiro, se veja hoje na condição de um dos únicos municípios fluminenses a ser impedido de retomar suas atividades, principalmente, por reunir as condições sanitárias e médico hospitalares. Registra-se que o comércio de Volta Redonda, com apoio da CDL da cidade, está preparado para o retorno do funcionamento seguindo as normas sanitárias vigentes, com campanha permanente de orientação sobre cuidados como uso de máscaras, álcool gel, entre outras medidas necessárias”, assina, o presidente da FCDL-RJ, Marcelo Mérida.

O comércio de Volta Redonda tem cerca de 10 mil estabelecimentos comerciais e o principal gerador de empregos do município. Antes da pandemia gerava em torno de 40 mil postos de trabalho, com o fechamento do comércio, esse número sofreu uma queda em torno de 20%, segundo os últimos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregado).

A estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR) é de que pelo menos 200 empresas tenham fechado as portas definitivamente. “O comércio de Volta Redonda tem sido o único punido durante essa pandemia com esse acordo, mesmo cumprindo as medidas preventivas desde o início da flexibilização”, afirmou. Para Gilson, a economia caminha para a falência se houver mais algum fechamento. 

“Pelo menos 80% das empresas são micro e pequenas empresas que  já não têm condições de pagar aluguel, impostos, salários e outras despesas sem vender por um longo período como tem sido. Sem economia não há como gerar empregos e sem empregos não há como proteger vidas, se cria o caos’, afirmou. 

Para a CDL-VR, a abertura do comércio precisa ter horário livre, para que se evite aglomerações. “Como temos falado desde o início, limitar horário é colocar as pessoas num mesmo período nas ruas. Quanto mais tempo as lojas funcionarem, mais espaçado, as pessoas irão ao comércio”, avaliou”. 

Gilson lembrou que somando todo os dias que o comércio ficou fechado são quase 70 dias de portas fechadas e muitas empresas não têm estrutura para trabalhar apenas com delivery. Além disso, esse tipo de serviço, segundo ele, não representa nem 30% do faturamento da maioria das lojas que apostaram nesse atendimento para não ficar sem vender. 

“Não há como sobreviver tanto tempo de portas fechadas. Precisamos mudar esses eixos, principalmente, o de casos suspeitos, porque a maioria não se confirma como Covid-19 e estamos no inverno, quando se aumenta o número de doenças respiratórias. O município também não pode ficar à mercê do Estado, tendo um hospital como o antigo Santa Margarida, com 40 leitos de alta complexidade, que estava sendo preparado para receber pacientes com o novo coronavírus, como foi anunciado pelo Poder Público, em abril deste ano. O município precisa investir em prevenção e em capacidade de atendimento da rede municipal de saúde”, afirmou.

Reconhecida de Utilidade Pública: Lei Municipal Nº 1381/76 - Lei Estadual Nº 1559/89
Filiada: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro.

Agência Interagir