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FMI está otimista sobre crescimento, mas alerta contra protecionismo

11/04/2018

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está otimista com as perspectivas de crescimento global, mas alertou que nuvens mais escuras estão se aproximando devido à redução do estímulo fiscal e aumento das taxas de juros, disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, nesta quarta-feira.

Num discurso em Hong Kong, Lagarde afirmou que asprioridades para a economia global são evitar o protecionismo, proteger-se contra o risco financeiro e promover o crescimento a longo prazo.

A chefe do FMI falou no momento em que um conflito comercial entre os Estados Unidos e a China está criando uma incerteza significativa para as empresas e suas cadeias de fornecimento globais.

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“A história mostra que restrições importantes afetam a todos, especialmente os consumidores mais pobres”, disse Lagarde. “Não apenas elas levam a produtos mais caros e escolhas mais limitadas, mas também impedem que o comércio desempenho seu papel essencial de ampliar a produtividade e disseminar novas tecnologias.”

A melhor maneira de combater os desequilíbrios globais é usar ferramentas fiscais ou reformas estruturais, disse ela, acrescentando que as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) correm o risco de serem “dilaceradas”, o que seria “um fracasso político coletivo e imperdoável”.

As autoridades monetárias precisam se comprometer com a igualdade de condições e resolver disputas sem usar medidas excepcionais, disse ela.

“Há ameaças, há contra-ameaças, há uma tentativa de abrir um diálogo – devemos apoiar essa tentativa de diálogo o máximo que pudermos”, disse Lagarde. “O impacto dessas ameaças é mínimo em ambos os lados. O que não é mínimo é a maneira pela qual a confiança pode ser minada”.

A realidade para 2018 e 2019 é que o ímpeto acabaria diminuindo devido ao enfraquecimento do estímulo fiscal, aumento das taxas de juros e condições financeiras mais apertadas, disse Lagarde.

Uma nova análise do FMI mostrou que a dívida global atingiu um recorde histórico de 164 trilhões de dólares, 40 por cento a mais do que em 2007, com a China respondendo por pouco mais da metade desse aumento.

Lagarde disse que as economias precisam reduzir os déficits governamentais, fortalecer as estruturas fiscais e colocar a dívida pública em uma trajetória de queda gradual.

Fonte: Exame

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Agência Interagir