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Empresas de pequeno porte concentram mais da metade das vagas formais

14/12/2017

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Quatro em cada 10 pessoas são empreendedoras ou estão envolvidas em algum tipo de negócio no Brasil. A economia cada vez mais é movimentada pelas empresas de menor porte (micro, pequenas e empreendedores individuais), que já concentram mais da metade das vagas formais e representam 98,5% do total de empreendimentos do país, principalmente no setor de serviços.

Pode-se dizer que a vocação para empreender está no DNA do brasileiro. Em 2016, o país atingiu a segunda maior taxa de empreendedorismo na série histórica, com 36% da população adulta envolvida em atividade empreendedora. No ano anterior, o percentual foi de 39,3%, o recorde, conforme dados de uma pesquisa patrocinada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A mesma crise que elevou para 13 milhões o número de desempregados é a que empurra para cima os indicadores de abertura de novos empreendimentos desde que o Brasil entrou em recessão. No primeiro semestre deste ano, os pequenos negócios contrataram 264 mil pessoas, enquanto as médias e grandes corporações fecharam 170 mil postos. As grandes empresas estão eliminando vagas e usando mais automação, enquanto os pequenos seguem como um segmento de uso intensivo de mão-de-obra. Como operam de maneira mais enxuta, as atividades de menor porte conseguem sair na frente na recuperação econômica.

Outro dado positivo da atual conjuntura é a possibilidade de se reinventar. Em um primeiro momento, um negócio impactado diretamente pela crise reduz o número de funcionários. Mas ao conseguir se reposicionar e buscar novos mercados, volta a contratar com maior rapidez. E é isso que está acontecendo agor

Segundo analista do Sebrae /Rio de Janeiro Mirella Marchito Condé, a crise econômica jogou o país em um patamar de 18 anos atrás. A expectativa da analista é que dentro de seis, até 10 anos, seja possível alcançar o mesmo nível de 2013. “A alternativa é empreender por conta própria enquanto não há vagas para todo mundo no mercado formal”, afirma.

Pequenos negócios contratam mais

Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em outubro demonstra essa nova dinâmica do mercado. Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2016, o levantamento mostra que as empresas que têm entre um e cinco funcionários passaram a ocupar mais da metade dos trabalhadores ativos do país. Até 2014, empreendimentos deste porte empregavam 46,6% dos trabalhadores, chegando a 50,1% no ano passado. E esses negócios movimentam a economia. As empresas de menor porte respondem atualmente por 27% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de tudo o que é produzido no país.

No que diz respeito a contratações, as micro e pequenas empresas admitiram 9 milhões de trabalhadores em 2016, 60% mais do que os 5,7 milhões contratados pelas grandes e médias empresas no mesmo período, conforme números do Ministério do Trabalho.

Outro dado interessante é que desde o começo da crise aumentou o número de autônomos, os chamados trabalhadores por conta própria, e empregadores. Esse grupo, que em 2012 somava 24 milhões, em 2016 atingiu 28 milhões de trabalhadores. Além da maior formalização do trabalhador autônomo, a pesquisa identificou avanço do percentual de empregadores registrados no CNPJ, que passou de 75,6% para 82%, segundo o IBGE.

Nos dois casos, tanto para os autônomos que se formalizam, quanto para os empregadores, o suporte financeiro fornecido por bancos como o Bradesco ajudou a alcançar esses resultados positivos.

Com a formalização, as empresas estão aptas a buscar crédito, seja para capital de giro, investimento ou compra de equipamentos e matéria-prima. Nesses casos, a grande vantagem são as taxas de juros dos bancos, bem mais atrativas do que as do crédito pessoal.

Para que o empreendedorismo continue levando o Brasil para frente, o tema está entrando aos poucos para a vida acadêmica. Pesquisa da Endeavor sobre o “Empreendedorismo nas Universidades Brasileiras 2016” aponta que 21% dos universitários pretendem empreender no futuro e 6% já têm negócios próprios. Conforme o estudo, em 30% dos casos a empresa é formada somente pelo proprietário. O caminho é longo, mas é um dado positivo já que um dos maiores sonhos do brasileiro é ser dono do próprio negócio.

Fonte: G1

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Agência Interagir