Por atividades
Na comparação com julho, sete das oito atividades pesquisadas tiveram resultados negativos.
As taxas negativas foram em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,7%); tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); livros, jornais, revistas e papelaria (-3,1%); combustíveis e lubrificantes (-2,9%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%).
Por outro lado, teve resultado positivo o setor de móveis e eletrodomésticos que, com avanço de 1,7%, permaneceu em crescimento pelo quarto mês seguido. Nesse caso, segundo Isabella, pode haver relação com a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que injetou na economia cerca de R$ 44 bilhões de março a julho deste ano.
“Mesmo que as contas inativas do FGTS não tenham sido convertidas em compras, mas no pagamento de dívidas ou em poupança, isso faz com que as famílias se organizem para um consumo futuro, principalmente desse tipo de bem”, explicou.
Na comparação com agosto de 2016, houve avanço em seis das oito atividades. As principais influências vieram de móveis e eletrodomésticos (16,5%) - quarta taxa positiva consecutiva nessa comparação, seguido por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%) - quinto avanço consecutivo, confirmando a trajetória ascendente do segmento, segundo o IBGE.
Tiveram taxas positivas ainda tecidos, vestuário e calçados (9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,1%), ambos ocupando a terceira maior participação na taxa global.
As demais taxas positivas foram registradas nos setores de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,4%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,0%). Por outro lado, combustíveis e lubrificantes (-2,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-4,4%) reduziram o volume de vendas comparado a agosto de 2016, pressionando negativamente o resultado.
Por regiões
Em relação a julho, houve queda em 17 das 27 unidades da Federação no volume de vendas, com destaque para Amazonas (-3,2%) e São Paulo (-1,7%). Por outro lado, Tocantins (5,5%), Rondônia (3,9%) e Roraima (2,6%) mostraram avanço nas vendas.
Na comparação com agosto de 2016, houve crescimento em 21 unidades da Federação, com destaques para Santa Catarina (16,4%); Acre (12,9%); e Rondônia (12,8%).
Varejo ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, ficou praticamente estável em termos de volume (0,1%) frente a julho, com alta nas vendas pelo terceiro mês consecutivo, enquanto a receita nominal teve variação de 0,4%.
Em relação a agosto de 2016, o varejo ampliado cresceu 7,6% no volume de vendas (melhor resultado para agosto desde 2012, quando tinha sido de 15,6%) e 5,1% em receita nominal. O volume de vendas no acumulado do ano cresceu 1,9% no ano e caiu 1,6% nos últimos 12 meses, enquanto a receita nominal registrou taxas de 2,3% e 1,2%, respectivamente.
Em relação às regiões, 24 unidades da Federação apresentaram variações positivas para o volume de vendas na comparação com agosto de 2016, com destaque para Santa Catarina (18,9%), Rio Grande do Sul (17,0%), Amazonas e Espírito Santo (ambos com 15,8%).
Fonte: G1